quinta-feira, 6 de março de 2008

O Caçador de Pipas



um certo tempo começou um falatório sobre o livro O Caçador de Pipas. Na época eu não dei muita bola, mas o falatório começou a ficar intenso. Depois de um tempo o livro estava na lista dos mais vendidos, o que me deixou com um pé atrás. Nada contra livros que são sucesso de vendas, mas geralmente eles não me agradam, ou perdem o "encanto" por todo mundo já ter lido. Coisa de pseudo-cult-revoltado, eu sei. Mas não consigo evitar. A mudança foi quando lançaram o filme. Até então eu não tinha lido nenhuma resenha do livro, mas acabei lendo uma resenha do filme, que me interessou. É claro que não ia cometer o erro de ver o filme primeiro, então fui em busca do livro.



Toda essa introdução para dizer que comecei a ler o livro por acaso, por mera curiosidade (e não é sempre assim!?), mas que depois de um tempo me senti aprisionado, no melhor dos sentidos, àquela narrativa.



O "engraçado" de estar escrevendo sobre O Caçador de Pipas é não saber que palavras usar pra definir um livro que eu tanto gostei. Engraçado porque ele tem umas passagens incríveis.



Eu sempre gostei de ficções fantasiosas da literatura, porque me permitia conhecer um mundo completamente diferente do meu. Mas o que eu mais gostava nesses livros, e em todos os outros, eram os sentimentos, as emoções, os dramas, medos, aflições. Eu gostava de "fazer parte" daquele mundo completamente diferente do meu, mas o que eu mais gostava era o que ele tinha de igual ao meu mundo, os sentimentos. O Caçador de Pipas retrata uma realidade completamente diferente da minha, uma vida inteira, ou grande parte, distante da minha realidade. Mas a base disso tudo, a base dessa vida é a mesma.



Em cada página parecia haver uma nova dúvida, um novo questionamento, e uma nova descoberta, como a nossa vida sempre é. A forma como o personagem analisa a sua vida é uma forma sincera e sem pretenções. Em grande parte ele se encontra em sua infância, o que garante um incrível frescor, como se ele realmente estivesse ali, empinando aquela pipa e a gente pudesse ouvir seus pensamentos.



Eu não gosto de ver os filmes baseados em um livro antes justamente por isso; porque a imaginação não fica por nossa conta. A forma como imaginamos os personagens e ambientes é única. Lendo o Caçador de Pipas eu tive momentos de total interação com a história, como se aqueles fatos tão alheios a minha vida tivessem influência direta.



Agora o que me falta é ver o filme. Tudo bem que não vai ser a mesma coisa. Mas aquele sopro de paz e aquele sentimento de esperança ao terminar de ler o livro não vai mudar.




[ Michel Costa ]

3 comentários:

B. disse...

Também prefiro ler o livro antes de ver o filme. Mas quando não tenho muito interesse vejo o filme direto hehehe. Concordo com o fato de o filme não deixar que nossa imaginação flua.

Bem eh isso
Um beijo!

Beta

Daniel Garrido disse...

Quem sabe um dia nao façam 3 ou 4 filmes com diferentes diretores sobre o mesmo livro?

nao li o caçador. tem aqui em casa. mas me disseram que é tao triste. nao gosto de ler coisas tristes rsrsrs

=)

Rodrigo Miguez disse...

já me disseram que esse livro é muito triste! corta os pulsos total!
ahhahahah

abração!
Rodrigo(vou usar o loggin do blog que eu fiz pra uma amiga mesmo viu. )hahaha