segunda-feira, 3 de março de 2008

Juno




O meu primeiro contato com o filme Juno foi através de uma matéria numa famosa revista brasileira. Na verdade não era uma matéria, estava mais para uma nota de rodapé do que qualquer outra coisa. A "notinha" falava pouco a respeito do filme, mas tecia grandes elogios à trilha sonora do mesmo. Quando li que Cat Power fazia parte da trilha sonora, me antecipei em procurar ouvir as músicas do filme. Uma boa trilha, eu pensei quando ouvi. Mas sem ver o filme não era a mesma coisa.


Na última semana eu assisti ao filme. Talvez eu estivesse cheio de espectativas com relação a ele pelas atrizes presentes (Ellen Page, Jennifer Garner), ou pela trilha que já encabeçava minhas listas de execução no Last Fm, ou até mesmo pela temática jovial que o filme parecia ter; mas algo me faltou no filme.




Sabe quando a gente tem aquela sensação de que já viu essa história em algum lugar? Tudo bem que ganhou Oscar de melhor roteiro. O filme tem momentos lindos, personagens interessantes, falas inteligentes e engraçadas. Mas ainda assim não era o que eu esperava. Eu provavelmente não devo mais ouvir a trilha de um filme antes de assisti-lo, ou então deve assitir a menos filmes dramáticos, porque eu acho que era isso que eu esperava.
Como eu disse o filme tem momentos lindos, como a abertura, muito bem feita por sinal. Sentado ali, vendo a animação daquele início de filme eu tinha a certeza de que seria o filme que eu estava esperando.


De certa forma foi o filme que eu esperava, mas não com a intensidade que eu estava no momento de repente.


O filme se define bem em uma palavra: Juventude. Sim, o filme continua sendo sobre uma menina que engravida com 16 anos. Mas não digo que é um filme jovial por isso. É um filme jovial pelos seus elementos. As cores do filme, os diálogos, a estética pop da abertura e "capítulos", a trilha.


Assim como a juventude deveria ser, o filme Juno é despreocupado. Despreocupado em ser uma super produção. Despreocupado em parecer inteligente. Despreocupado de causar um grande impacto.


Talvez esse subtexto tenha sido a preocupação: fazer um filme com um tema sério se tornar leve. Que o tema fique esquecido, mas que o "ar" jovial não fique.









Obs.: Tudo bem que eu não sou nenhum especialista em cinema para criticar o filme alheio, mas não posso deixar passar minha opinião.

[ Michel Costa ]

2 comentários:

Thauan Santos disse...

Michel,

assim como faz em meu blog, aqui estou.

Gostei da proposta do blog, por ela ter relação com o que você estudou/estuda. Portanto, não ache que por não ser um "especialista em cinema" que sua opinião não tem grande importância ou influência.

Vi o filme há algumas semanas e concordo plenamente com você. Gostei. Mas algo faltou. Pode ser que pela tentativa de tornar um assunto sério e cotidiano em "pop", "teen", para "massa". Pode ser que não. Minha única certeza é que algo faltou.

Gostei também do como você maneja e conduz as palavras.

Voltarei mais vezes.

Abraços,
Thauan

Flavizita * disse...

Muito legal a idéia do blog, e começou logo com Juno. Eu não tinha grandes expectativas, mas achei que seria MUITO bom por ter sido indicado ao oscar por melhor filme e roteiro, coisa que só descobri quando tava dentro da sala do cinema. O filme é bonitinho, aquele filme que você assiste em casa, em um dia sem muita coisa pra fazer.

Parabéns pelo comentário sobre o filme, gostei de ler algo escrito por você, adorei mesmo o seu controle sobre as palavras ;)

(L)

Beijo